Neste sábado, 19 de dezembro, tirei o dia para curtir com meu filho e o levar ao cinema. Desde o final de novembro estava tentando sair com ele. So que final de ano, vocês sabem como é, muito trabalho e o cansaço nos domina depois de um ano cheio de atividades. Aproveitei para vermos dois filmes que eu (mais do que ele) queria assistir: "Planeta 51" e "A princesa e o sapo", último lançamento dos estúdios disney. "Planeta 51" é um desenho razoável. O tema poderia ter rendido mais. Sinto que deixou a desejar em algumas partes e estendeu-se demais em outras. Na história um rapaz chamado Lem vive em um planeta que leva o título do filme. Seus habitantes (homens e mulheres verdinhos) tem um grande medo de um dia serem invadidos por alienígenas, inclusive seu grande amigo Skiff é fanático por histórias de terror. Por acaso, Chuck um astronauta americano, aterriza em sua terra e a partir daí, uma série de confusões acontece na vida de Lem e Chuck. O jovem rapaz tenta ajudar o astronauta a voltar para seu planeta. Imagens bonitas, um desenho bem realizado, no entanto, não foi tudo aquilo que eu esperava. "A princesa e o sapo" me surpreendeu. Produzido pelos estúdios Disney, na trama vemos a primeira princesa de contos de fada negra da história do cinema. Um marco e uma vitória. Depois da gordinha e robusta Fiona de "Shreck", finalmente vemos uma personagem principal diferente dos padrões de beleza que sempre apresentaram jovens branquinhas, pálidas e loirinhas, vide Rapunzel, Cinderela, A bela adormecida, dentre outras. Na história vemos uma protagonista jovem que trabalha e vai em busca de seus idéais, moderna e também sonhadora, totalmente diferente das mocinhas românticas do passado. Ponto para o estúdio que acertou em cheio ao contar uma história simples, cheia de magia e encanto, condizente com o século 21. A tardinha ao chegar em casa, depois de dar um banho no meu filhote, botá-lo para tirar um soninho, e tomar um gostoso e relaxante banho também, afinal não sou nenhuma porquinha liguei no TCM e me deparei com o filme "Tarzan e sua companheira", um dos 50 filmes para você ver antes de morrer, que ja está na 3ª edição. Comecei a ver, por acaso e adorei. Filme americano de 1934, produzido pelo estúdio MGM. Foi protagonizado por Johnny Weismuller, um ex nadador que foi recordista mundial e ganhou algumas medalhas nas olímpiadas em que participou, se tornou o mais conhecido dentre todos os tarzans cinematográficos (depois deste ele atuou em mais 10 filmes da série) e Maureen O'Sullivan, mãe da atriz Mia Farrow, trabalhou em 1940 na primeira versão de "Orgulho e preconceito", famoso romance da escritora Jane Austin.
Vemos uma história que contém cenas consideradas fortes para a época. Antes de iniciar a sessão um narrador conta um pouco da história do filme e curiosidades sobre ele. Ao ser lançado algumas cenas foram cortadas e anos mais tarde foram reeditadas e acrescentadas ao original. Uma das mais interessantes, mostra Jane tomando banho de rio nua ao lado de Tarzan. Ela aparece como veio ao mundo, sem nadinha para esconder. Foi utilizada uma dublê para as cenas e olha muito bonita. Na minha opinião percebi um fortíssimo "apelo sexual" na relação entre Jane e Tarzan. Em outra cena assistimos um homem se despindo e tomando banho em uma banheira. Além da tanguinha de Tarzan e das curvas a mostra da bela Jane. Outra curiosidade foi a de que antes deste filme não haviam regras tão rígidas para o corte de cenas. Posteriormente, em 1934 foi criado o "Hollywood Production Code" que proibia a exibição de: sexo, homens e mulheres nus, adultério, drogas, homossexualismo, desmoralização da religião e da família, prostituição, dentre outras coisas. Código rígido que fez com que muitos filmes fossem refeitos e reescritos. Jane vive bem e feliz ao lado de Tarzan na Selva. Antes de escolher está vida, deixou para trás um noivo. Este decide se aventurar pela Africa na tentativa de reconquistar Jane e conseguir enriquecer com o comércio de marfim. Para isto, chama um amigo e organiza um safari na intenção de conseguir seus objetivos. Em seu caminho aparecem uma tribo de canibais que querem matá-los. Eles acabam se deparando com Tarzan e reencontrando Jane que fica feliz ao rever o ex noivo. Após isso, uma mentira leva Tarzan a ser salvo por seus amigos animais e coloca a vida de Jane em risco. Cenas, paisagens, narrativa corajosa e direção bem cuidada tornam este filme um clássico que vale a pena ser visto por aqueles que curtem um bom filme.
3 comentários:
Olá Cintia, tudo bem com voc~e e seu filho? Já percebi que sim, né... sairam pra se divertir..rs Bom, queria ver Planeta 51 mas por aparentar ser uma homenagem ao gênero Ficção Científica. E A princesa e Sapo também, gosto dessas animações em 2D... Falando em Rapunzel, esse será um dos próximo filme da disney. né?!
Bom, já esse do tarzan eu não vi, mas gostaria, já que nunca assisti a um filme antigo do personagem... Via muito na Sessão da Tarde, e também um série que teve. Bem que eu queria ter uma Tv por assinatura como vc e o Marcelo... kkk Esses filmes são bem complicados de se achar!
Bjão... E boa semana pra você!
Ainda não vi nenhum dos três filmes. A princesa e o sapo já queria assistir. Agora quero assistir ainda mais. Esse Tarzan e sua companheira, confesso que não tenho lembranças dele, mas pelo seu relato, tenho de corrigir essa minha omissão.
Bjs Cintia!
Fala Cíntia!
"A Princesa e o Sapo" é a prova da Disney de que o desenho tradicional está longe de morto. Todo esse diferencial de roteiro que você comentou, Cíntia, eu não duvido nada que seja fruto da gerência do John Lasseter no departamento de animação do estúdio do Mickey. O cara tem essa filosofia, de criar um ambiente propício para a criação de obras de arte, e não produtos. Ele dá mais importância a história do que a técnica. Por isso que eu digo que a Pixar, empresa de origem do Lasseter, não é só a melhor produtora de animações dos EUA, mas uma das melhores produtoras de FILMES americanas.
Esse "Tarzan" que você descreveu, por outro lado, parece ter quase nada a ver com a versão da própria Disney, uma das melhores animações do estúdio. Acho sempre interessante descobrir os filmes pioneiros em isso ou aquilo no cinema, é como ver a gênese dos clichês, da linha de produção, e lembrar que algum dia alguém precisou de fato criar aquilo. Faz reaver um pouco da fé na criatividade humana. rs.
Abraços!
Postar um comentário