Aproveitando a fase
"mulheres", resolvi falar sobre uma atriz que considero um dos rostos mais belos e perfeitos que o cinema já conheceu.
"Audrey Hepburn" não ficou conhecida por seus atributos físicos, pois sua beleza concentrava-se em sua delicadeza, elegância e classe. Fora dos padrões de Hollywood, baseado em mulheres fartas físicamente e cheias de curvas, ela marcou o mundo do cinema com seu corpo pequeno e esguio e seu enorme talento. Vocacionada para ser
"estrela".Além de ótima atriz era conhecida também por ser uma mulher simples, educada e boa colega de trabalho. Sempre alegre e espirituosa.
Ao longo de seus 40 e poucos anos de carreira foi a protagonista de grandes sucessos do cinema. Em
1954 ganhou o
Oscar, o
Globo de Ouro e o
Bafta de melhor atriz pelo filme
"A princesa e o plebeu". Em
1990, aos 61 anos ganhou o prêmio
"Cecil B Demille", concedido pelos responsáveis do globo de ouro a astros que construiram uma carreira de sucesso e relevância no mundo cinematográfico.
Recentemente tive a oportunidade de assistir 4 de seus filmes e fiquei encantada com a maravilhosa atriz que ela foi. Um olhar suave e doce gostoso de se ver conseguia nos passar tanta emoção e verdade em cada atuação. Uma grandiosa atriz.
Bem, vamos aos quatro filmes:
1)
"Bonequinha de luxo" (1961) = Conhecidíssimo do grande público, principalmente pela divina canção
"Moon River", composta pelo famoso
"Henry Mancini" (foi um dos mais conceituados compositores do cinema) e pelas belas roupas que usou em seu figurino, a história conta as peripécias da prosituta Holly que vem para Nova York em busca de um marido rico. Totalmente perdida e sem rumo na vida, ela encontra em seu caminho o escritor Paul Varjak, um homem frustrado que tem sua vida custeada pela amante. Ambos vivem vidas completamente infelizes, vazias e tristes apesar de toda alegria e descontração do local em que estão. No entanto, ao olharmos intimamente estes dois personagens percebemos suas fraquezas e dores. O encontro de duas almas solitárias que têm muitas coisas em comum, transforma-se em um amor sincero e verdadeiro. Lindo!
2)
"Uma cruz à beira do abismo" (1959) = Um bom filme que tive a chance de ver recentemente no TCM. Aqui vemos uma Audrey totalmente diferente de suas personagens, cheias de glamour e beleza. Na trama ela interpreta uma jovem freira que deixa de lado uma boa vida (sua família é muito abastada) para trabalhar em um hospital no Congo, Africa. Irmã Luke, sua personagem, vive alguns dilemas pessoais. Entre seguir as determinações da igreja ao qual fez votos de obediência e lutar contra as desiguladades que encontra naquele local, ela opta pela segunda e passa a ajudar aqueles que realmente necessitam de apoio e auxílio. Um grande filme!! Depois de pesquisar na net descobri que concorreu a 8 oscars. Mas, infelizmente não ganhou nenhum. Uma excelente atuação desta estupenda atriz. Em minha humilde opinião um de seus melhores trabalhos.
3)
"A princesa e o plebeu" (1953) = Nada como ter acesso a TV por assinatura, pois por intermédio deste meio de comunicação tenho a possibilidade de assistir a filmes que nos dias atuais não passam mais nos canais abertos. Este aqui é um exemplo disso. Um clássico que deu a Audrey os maiores prêmios que uma estrela sonharia ganhar. A trama é belíssima e sua atuação impecável. Aqui ela contracena ao lado do charmosíssimo
Gregory Peck, fazendo o papel de uma princesa que cansada e saturada de sua vida, pois é obrigada a cumprir com obrigações burocráticas e afazeres que fogem a seus desejos de moça jovem, decide inovar e foge para descobrir o mundo fora dos portões reais. Nisso, ela encontra em seu caminho um jovem jornalista que ápos reconhecê-la decide aproveitar-se da situação e a usa para conseguir uma reportagem exclusiva. A partir daí, uma linda história de amor nasce, tendo como cenário o romantismo da bela Roma. Não tem como não cairmos de amores pela beleza, simpatia e carisma de Audrey.
4)
"Sabrina"
(1954) = Há!!!! neste aqui ela contracena ao lado de um dos atores mais ilustres de sua geração e ele é nada mais, nada menos do que
Humphrey Bogart (o inesquecível Rick Blaine do maravilhoso
"Casablanca"). Junto a ele outra fera
"William Holden". Ela está uma graça no filme. Tão jovial, leve, solta, meiga, enfim, uma fofura só. Com certeza, qualquer homem que cruzasse com ela se encantaria com tantas qualidades e dificilmente deixaria de apaixonar-se. E isso acontece no filme. Dois irmãos, um bom vivant e o outro um trabalhador compulsivo acabam se apaixonando por sua personagem, uma moça simples que se transforma numa mulher deslumbrante e belíssima. Triângulo amoroso delicioso de se acompanhar. Ganhou uma nova versão em 1995, tendo
Julia Ormond e Harrison Ford como protagonistas. Porém, não chega nem aos pés deste aqui. Muito fraco e chato.
E, para finalizar cito outros filmes protagonizados pela minha homenageada que já vi:
"Cinderela em Paris", "A herdeira", "Guerra e paz", "Minha querida dama", "Amor na tarde", "O passado não perdoa", "Um clarão nas trevas" e "Robin e Marian".